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MEIO AMBIENTE

PRESERVAÇÃO: Desmatamento na Mata Atlântica cai 14% em 2024, mas Ameaça Persiste


A Importância da Continuidade das Ações de Proteção e Fiscalização para Garantir a Preservação do Bioma

A Mata Atlântica registrou uma queda de 14% no desmatamento em 2024, segundo estudo da Fundação SOS Mata Atlântica com dados do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Apesar dessa redução, a perda de vegetação continua sendo uma ameaça significativa para o bioma, principalmente devido à expansão da agropecuária, que permanece como o principal fator de destruição.

Os dados mostram que foram desmatados mais de 71 mil hectares da Mata Atlântica em 2024, contra 82,5 mil hectares no ano anterior. Essa queda de 14% é um avanço importante, mas a situação ainda é preocupante. Nas áreas de mata madura, que são as florestas com pouca ou nenhuma interferência humana e que possuem maior biodiversidade, a redução foi muito menor, de apenas 2%. Isso indica que a queda do desmatamento na Mata Atlântica não é uniforme e que as regiões mais sensíveis continuam vulneráveis.

Além disso, o tamanho médio das áreas desmatadas aumentou, passando de 11,2 para 12,5 hectares, o que sugere uma pressão maior para eventos de desmatamento mais extensos. Esse dado reforça a necessidade de ações contínuas e intensificadas para proteger o bioma. A Mata Atlântica abriga cerca de 70% da população brasileira e é responsável por mais de 80% do PIB do país, o que torna sua conservação vital para a segurança alimentar, econômica e ambiental do Brasil.

DESMATAMENTO EM QUEDA

Outro ponto relevante é que, apesar da queda no desmatamento, a Mata Atlântica ainda possui apenas 24% da cobertura florestal original, um índice abaixo do mínimo necessário para garantir a conservação adequada do bioma, que é de 30%. A fragmentação das florestas e a concentração da vegetação em pequenas propriedades privadas dificultam a regeneração e a proteção da biodiversidade.

A redução do desmatamento na Mata Atlântica em 2024 também foi influenciada pelo fortalecimento da fiscalização, pelo corte de crédito para desmatadores ilegais e pelo uso de embargos remotos, que impedem o uso comercial de áreas desmatadas detectadas por monitoramento à distância. Essas medidas mostram que políticas públicas e ações de controle são eficazes e devem ser mantidas e ampliadas para garantir a recuperação do bioma.

Por fim, é importante destacar que, mesmo com a queda do desmatamento na Mata Atlântica, o bioma ainda está em alerta devido às mudanças climáticas e aos impactos socioambientais. A expansão da agropecuária continua sendo o principal vetor da degradação, o que exige esforços conjuntos entre governo, sociedade civil e setor produtivo para preservar o que resta dessa floresta tão essencial para o Brasil.

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