Taxa de desemprego no Brasil: comportamento sazonal e mercado aquecido
A taxa de desemprego no Brasil fechou o primeiro trimestre de 2025 em 7%, o menor índice já registrado para o período desde 2012, segundo dados do IBGE. Este resultado surpreendente mostra que o mercado de trabalho brasileiro está mais aquecido, apesar do aumento em relação ao trimestre anterior, quando a taxa era de 6,2%.
Embora tenha ocorrido uma alta de 0,8 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2024, a taxa de desemprego no Brasil representa uma queda significativa de 0,9 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o índice era de 7,9%. Portanto, a taxa de desemprego no Brasil vem apresentando uma melhora consistente, mesmo com a tradicional sazonalidade do início do ano, que costuma elevar o número de desempregados temporariamente.
O aumento da população em busca de emprego foi de 13,1%, totalizando 7,7 milhões de pessoas procurando trabalho, o que explica o crescimento trimestral da taxa. No entanto, na comparação anual, houve uma redução de 10,5% no número de pessoas desocupadas. Além disso, a população ocupada no país caiu 1,3% em relação ao trimestre anterior, mas ainda mostra crescimento de 2,3% em relação ao ano anterior.
RENDIMENTO DOS TRABALHADORES
Outro ponto importante é o rendimento médio dos trabalhadores, que atingiu R$ 3.410, o maior valor desde o início da série histórica em 2012. Isso indica que, além da redução da taxa de desemprego no Brasil, os trabalhadores estão ganhando mais, o que é um sinal positivo para a economia e para o poder de compra da população.
A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, explica que o aumento da taxa no primeiro trimestre é um fenômeno sazonal, comum nos primeiros meses do ano, devido ao término de contratos temporários e à busca maior por vagas. Mesmo assim, o mercado de trabalho permanece aquecido, com estabilidade no número de empregos com carteira assinada e redução na informalidade.
Em resumo, a taxa de desemprego no Brasil alcançou o menor patamar para o primeiro trimestre desde 2012, refletindo uma melhora no mercado de trabalho e no rendimento dos trabalhadores. Embora haja um aumento trimestral, a tendência anual é de queda, o que reforça a recuperação econômica do país.
























